Câncer de Mama
Her2

O câncer de mama que um dia já foi o mais agressivo

O câncer de mama com hiperexpressão da proteína Her2 foi e é uma das doenças que mais se beneficiou dos avanços tecnológicos da medicina.

Até 1998, quando o primeiro anticorpo contra a proteína Her2 foi aprovado para uso nos Estados Unidos, esse subtipo de câncer de mama tinha um prognóstico péssimo.

Hoje, com advento cada vez mais pujante da oncologia de precisão, temos uma série de terapias-alvo que tem conseguido altas taxas de cura (para a doença localizada) e de controle de doença (para a doença metastática).

Inclusive, você pode clicar aqui se quiser aprender mais sobre as terapias-alvo (link para a página “terapia alvo”).

Então se você acabou de receber o diagnóstico de um câncer de mama Her2 positivo você precisa ler as próximas linhas para entender tudo sobre essa doença. E, sobretudo, para sair daqui cheia de esperança e otimismo!

Vamos começar?

O que é o câncer de mama Her2 positivo?

O câncer de mama Her2 positivo é um tipo específico de câncer de mama que se caracteriza pela hiper expressão de uma proteína celular chamada Her2.

Essa proteína está presente de maneira fisiológica em várias células do nosso organismo e, quando ativada, é responsável por mandar o comando para as células proliferarem.

No câncer de mama Her2 positivo ocorre uma alteração genética que faz com que esta proteína esteja ativada de forma aberrante nas células malignas, ocasionando uma proliferação exagerada que leva ao surgimento do tumor.

Ao mesmo tempo que a proteína Her2 é a maior força motriz do crescimento e desenvolvimento do tumor, é também o seu maior ponto fraco.

Usamos essa proteína como alvo dos principais tratamentos contra essa doença e vamos discutir um pouco sobre eles nas próximas linhas.

Sintomas causados pelo Câncer de Mama Her2 positivo

O subtipo do câncer de mama não interfere na sua apresentação clínica. Os sintomas dos tumores Her2 positivos da mama são os mesmos dos outros subtipos, tendo as seguintes características:

 

  • Surgimento de um nódulo endurecido na mama,
  • Inchaço ou mudanças na forma e textura da mama
  • Vermelhidão (nos casos mais avançados)
  • Secreção no mamilo (sobretudo as transparentes ou sanguinolentas)

Por isso, é muito importante que você conheça bem as suas mamas. Esse autocuidado vai te ajudar a identificar quando algo estiver diferente e vai te dar o alerta para procurar ajuda médica.

Diagnóstico do Câncer de Mama Her2 positivo

A suspeita diagnóstica do câncer de mama Her2 positivo é feita através de exames de imagem, como mamografia, ultrassom ou ressonância magnética das mamas.

Mas para a confirmação é fundamental e imprescindível a realização da biópsia, que consiste na retirada de uma amostra de tecido da mama para análise no microscópio pelo patologista.

Junto com a biópsia é realizado também a imuno-histoquímica, exame que investiga quais os receptores presentes nas células malignas.

E é exatamente esse o exame que vai pesquisar a presença da hiper expressão do receptor Her2, bem como os receptores hormonais (estrogênio e progesterona). O tumor pode, inclusive, hiper expressar os três receptores ao mesmo tempo, o que chamamos de tumor triplo positivo ou luminal híbrido

Entendendo o exame que vai dar o nome e o sobrenome do tumor

A graduação da expressão do receptor Her2 na imuno-histoquímica é dada em cruzes (+): De 1+ a 3+. E aqui é um ponto que vale a pena vermos alguns detalhes.

Os tumores com expressão 3+ da proteína Her2 são indubitavelmente chamados de Her2 positivos, tamanha é a presença dessa proteína na célula do câncer.

Já aqueles com expressão 2+ precisam de um exame complementar – o teste de FISH ou CISH. Esse teste avalia o DNA (os cromossomos) da célula maligna para checar em detalhe se o gene da proteína Her2 está, de fato, hiper expresso. Se o FISH ou CISH forem positivos, aí sim chamamos aquele câncer de mama de Her2 positivo.

A mais recente mudança de paradigma do câncer de mama Her2 positivo

Historicamente, os tumores da mama só eram considerados Her2 positivos quando possuíam um resultado na imuno-histoquímica de 3+ ou 2+ com FISH/CISH positivos. Mas isso mudou recentemente!

Hoje nós temos uma nova categoria de câncer de mama – o Her2-low (ou Her2-baixo). Essa nova categoria ganhou notoriedade após o desenvolvimento de um anticorpo conjugado a droga chamado Trastuzumab-deruxtecan.

Hoje mesmo pacientes com uma expressão mais fraca da proteína Her2 podem se beneficiar dessa terapia-alvo, o que causou uma verdadeira revolução no tratamento deste tumor.

Portanto, fique de olho na sua imuno-histoquímica! Tumores que antigamente eram cunhados de triplo negativos ou luminais puros podem, na verdade, serem do grupo Her2-baixo, podendo se beneficiar de algumas terapias-alvo.

Essa dica pode mudar completamente o rumo do seu tratamento!

Tratamento dos tumores Her2 positivos

O tratamento do câncer de mama Her2 positivo inclui cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapias-alvo ou mesmo combinações dessas opções. A escolha do tratamento depende do estágio e características do tumor, idade e saúde geral da mulher.

E é aqui onde encontramos os grandes avanços da medicina moderna:

-Temos as terapias-alvo clássicas, como o trastuzumab (Herceptin®), pertuzumab (Perjeta®), T-DM1 (Kadcyla®).

-Temos outras terapias-alvo extremamente modernas, como o trastuzumab-deruxtecan, tucatinib e o margentuximab

Esssas inovações foram responsáveis por taxas de cura (para doença localizada) e de controle de doença (para doença metastática) nunca vistas na história!

O tratamento do câncer de mama, inclusive, é a minha principal área de expertise. Se você quiser saber mais sobre como eu posso te ajudar nessa jornada é só clicar aqui (link para a página de vendas “câncer de mama”)

E como prevenir o câncer de mama Her2 positivo?

Todo mundo sabe o basicão sobre como prevenir o câncer de mama: adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividade física regular e evitar o consumo de álcool e tabaco.

Isso é o mínimo que todos nós devemos fazer para reduzir o nosso risco de câncer ao longo da vida.

Quando falamos do câncer de mama, temos ainda a mamografia que, quando iniciada aos 50 anos (ou aos 40 anos, em algumas situações) é um poderoso aliado no diagnóstico precoce – cenário que pode nos dar taxas de cura tão altas quanto 90-95%.

Mas eu posso te contar um segredo que pouca gente sabe?

Não faz nenhum sentido fazer o mesmo exame para todo mundo!

Você concorda comigo que quem tem casos de câncer na família ou fatores de risco tem muito mais chance de ter câncer que a maioria das pessoas? Então por que fazer, nestes casos, a mesma rotina de exames?

E eu vou te falar como nós podemos desenhar uma estratégia preventiva 100% personalizada para o SEU CASO clicando aqui.

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